Empatia é uma das palavras mais faladas atualmente e para a história que será contada a seguir ela é perfeita para descrever esse sentimento tão bonito que uniu uma aluna e um professor do Instituto Projeto Neymar Jr. Trabalhar a inclusão é um dos principais objetivos do projeto social e quando histórias como a da aluna Heloisa e do professor Paulo se encontram, o resultado é de encher o coração de amor.
Com apenas 8 anos de idade, Heloisa da Silva Souza, da Turma C7, entra na Biblioteca do Instituto com um Gibi cheio de desenhos e histórias na mão. Saltitando pela sala e com os seus enormes olhos azuis e atentos a tudo em sua volta, ela abre o sorriso ao encontrar o professor Paulo Roberto. Ele é o grande responsável por ensinar a Língua de Sinais para os alunos do Instituto, mas em uma sexta-feira ensolarada ele é quem foi o aluno dessa vez.
Atento à movimentação de Heloisa, enquanto ela dava entrevista para o site do INJR, ele não tirava o sorriso do rosto. A cada palavra da aluna ele ficava atento enquanto ela mostrava o gibi que desenhou e escreveu para presenteá-lo. Mesmo com a timidez, Heloisa explicou os motivos que a fizeram presentear Paulo.
“Eu decidi fazer esse gibi porque eu gosto muito de Libras, que aprendi aqui no Instituto. Eu dei de presente para o professor Paulo, que me ensinou a falar em Libras, e quando a gente conversa ele fica feliz e gosta. Aqui tem um monte de desenhos e contos em Libras, que é importante para mim. Eu até já ensinei como falar oi para minha mãe”, contou.
Com oito páginas, o Gibi Histórias de Libras INJR traz um retrato de Paulo desenhado na capa. Histórias, músicas e desenhos estampam o presente que Paulo recebeu com os olhos marejados. Para entender melhor como começou essa amizade, o professor contou como conheceu Heloisa.
“Quando me avisaram eu não sabia quem era essa aluna. Desde que eu comecei a trabalhar aqui, os alunos vem me contar que estão aprendendo e gostando de Libras, daí eu conheci a Heloisa que estava com muita vergonha, e perguntei se ela queria aprender Libras e ela disse que queria muito e ficou muito ansiosa. E eu senti que ela queria. Quando vi o gibi eu não acreditei. Ela já estava me mostrando alguns desenhos que estava fazendo e que explicam tudo em Libras. Para um professor é muito gratificante ganhar isso”.
Heloisa conta que não foi difícil criar as histórias. Em poucos dias ela criou o gibi, coloriu os desenhos e contou como foi todo esse processo até o resultado final. “Eu demorei dois dias para fazer o gibi e daí encontrei o professor Paulo para dar pra ele. Eu fiz tudo sozinha. Eu fiquei feliz também porque ele gostou. Eu acho que é bom aprender Libras, porque a pessoa às vezes é deficiente e a gente tem que respeitar e ajudar”.
Com um sorriso que não tinha fim, Paulo agradeceu Heloisa e disse que vai guardar o gibi com muito carinho. No futuro, ele espera que todas as crianças do Instituto possam aprender os sinais de Libras para trabalhar ainda mais a inclusão no projeto social.