Mesmo com tanta tecnologia ao alcance é difícil imaginar que a criatividade tem limites na hora de inovar. Desenvolver dispositivos que melhorem a vida da sociedade ou até mesmo que sirvam para entreter os consumidores é um grande desafio. Só que nada é melhor do que a criatividade das crianças na hora de desenvolver um robô, uma caneta com tinta infinita, um carro que voa e até um relógio que muda a cor do tempo.
E foi com ideias como estas, que a Aula de Informática do Instituto Projeto Neymar Jr. virou uma sala experimental de dispositivos tecnológicos nunca inventados. Segundo o professor da matéria, Henrique Pereira da Silva, de 25 anos, a tecnologia está presente no dia a dia de toda as classes sociais. Ele conta que despertar a criatividade das crianças de maneira lúdica é também um grande ensinamento tecnológico.
“Resolvemos despertar a criatividade deles para a tecnologia e para outras coisas como uma brincadeira nova, objetos úteis no dia a dia e que não existam. Após a introdução da aula eles precisam executar o projeto em duplas ou individualmente. Eles precisam pensar em uma bicicleta que voa ou em carro invisível, por exemplo. E como eles vão saber que isso já existe? Eles vão entrar na internet e ver se alguém já criou utilizando a ferramenta de pesquisa do Google”.
E foi depois de uma busca no Google, que a aluna da Turma F2, Camila Amorim de Oliveira, de 8 anos, descobriu que sua invenção não existe ainda. “Eu criei um relógio que muda as cores do dia, porque eu acho legal se isso for verdade. As cores iam mudar com o tempo e a vontade do dono do relógio. Ia ser bom ter um assim, porque se você não gosta de uma cor você pode mudar”.
Já Carlos Frank vislumbrou uma moto que voa no tempo para corrigir erros do passado, principalmente. O aluno de 8 anos, também da Turma F2, disse que o mais difícil de desenhar foi o motor da moto, pois ele precisava ser potente para fazer esse tipo de viagem. “Eu criei uma moto tipo do tempo, mas ela voa para trás e para frente no tempo! Quando tiver alguma coisa errada para consertar ela vai poder voltar no tempo”.
Com a introdução da atividade, as crianças colocaram a imaginação em prática e pesquisaram na internet se a ideia que tiveram ainda não foi inventada. Constatado que o dispositivo não existe, eles passaram para o papel o desenho do que queriam criar.
“Eles precisam explicar qual é o benefício e finalidade para aquele dispositivo criado. A aula é como a simulação de criação de um dispositivo novo. Depois as crianças vão desenhar o que criaram e apresentar a utilidade do dispositivo”, finalizou Henrique.