Envolver as crianças em atividades lúdicas que promovam o bem estar e o raciocínio lógico fazem parte do dia a dia das aulas esportivas e educacionais do Instituto Projeto Neymar Jr. Mostrar para os alunos essas novas ideias tornam os desafios dos professores do projeto prazerosos. A idealização do xadrez humano comprova o sucesso entre a elaboração de uma aula diferente e o interesse despertado na criançada.
O xadrez é uma das aulas que as crianças mais gostam e mostraram interesse em aprender durante o período que passam no complexo. Integrante da grade das atividades educacionais do Instituto Projeto Neymar Jr., dessa vez o xadrez se uniu ao futebol para trabalhar cognitivos motores e de raciocínio lógico para o desenvolvimento no aprendizado da criança.
Quem conta como surgiu essa ideia é a professora de Educação Física, Thais Silva Santos, de 26 anos. “Pensei em unificar e diversificar as aulas educacionais e esportivas. Em todas as aulas posso ensinar matemática e português no campo de futebol, o que até já estou até elaborando para uma próxima aula. Pensei no xadrez durante uma atividade e disse que dava para fazer o xadrez humano ajudando na movimentação das crianças”, explicou.
Disposta a levar a novidade para a prática, Silva tratou de conversar com a professora de xadrez Elisangela Pereira, de 37 anos, e em uma semana elas produziram o material e desenharam a aula. Além do jogo em si, a atividade aconteceu no campo de futebol e tem como um próximo passo incluir a bola como forma de aprimoramento da aula.
“O xadrez humano faz com que eles se sintam parte do jogo com a tomada rápida de decisão e respeito ao jogador que está escolhendo a estratégia. Hoje elas sentiram diferença e um pouco de dificuldade para visualizar o jogo, porque elas são as peças. Mas quando voltarmos para a sala de aula as jogadas vão ser mais rápidas e elas vão conseguir identificar as peças com mais facilidade”, disse Pereira.
A unificação das duas atividades proporcionou para as crianças o raciocínio lógico, a coordenação motora, tomada de decisão, noção corporal, lateralidade, estratégia, trabalho em equipe e alfabetização. Composta por duas equipes, a partida ainda contou com grupos de jogadores que elaboraram a estratégia de jogo de acordo com a escolha de letras e peças de apoio para conquistar o objetivo final, que é o xeque-mate no Rei.
Mas antes de alcançar o ápice da partida e eliminar o Rei para sair com a vitória, as equipes mostraram todo o seu interesse em conversar sobre o jogo, como conta a aluna da Turma D10, Agata Costa Cordeiro, de 8 anos.
“Eu gosto de jogar xadrez, porque sempre ganho. Gosto do rei, da rainha e do cavalo. A rainha pode andar para qualquer lado, mas eu ainda prefiro o cavalo, porque já andei em um e no jogo ele também pode andar várias casas”.
Além de colocar a imaginação em dia, o Instituto também quer proporcionar o desenvolvimento no ensino das crianças. Mas acima de tudo despertar o interesse por algo novo e que elas não conheciam antes, como a pequena Agata confirma a tese do INJR.
“Não tinha jogado xadrez humano e achei divertido. Nunca brinquei e agora estou tendo a possibilidade. Na aula a gente joga com a mão e aqui faz com o nosso corpo daí antes eu não sabia jogar só que aqui eu aprendi”, finalizou.